03/07/2010

Sephora no Brasil.

Sephora, quem não está no Brasil, não estará no mundo.

Em cinco anos, o Brasil será um dos quatro maiores mercados da Sephora no mundo. A projeção é do sócio e presidente-executivo da Sacks's, Carlos André Montenegro, em entrevista hoje ao Valor, quando revelou a compra de 70% do site brasileiro pelo grupo francês de bens de luxo Moët Hennessy Louis Vuitton (LVMH), detentor da Sephora, varejista online líder no mercado de cosméticos dos EUA.

Foram seis meses de negociação entre as companhias, período no qual a mídia brasileira especulou sobre a entrada da Sephora no país. Em março, os blogs e o twitter divulgavam que a varejista tinha planos de entrar no país, mas a divisão de perfumes e cosméticos da LVMH negou.

"Em julho do ano passado eles (LVMH) ligaram pra gente (Sack's) e demonstraram interesse de estar em nosso país. O contrato foi assinado anteontem à noite em Paris", contou Montenegro.

O acordo representa a porta de entrada da Sephora, que tem mais de mil lojas em todo mundo. "Estavam na disputa o México e o Brasil. O Brasil ganhou, porque tem um mercado de cosméticos amplo, que cresce a dois dígitos há muito tempo", afirmou o executivo. Até hoje, a LVMH atuava no país representada apenas em setores como o de vinho, moda e perfumes.

"A Sack's representa uma oportunidade formidável para a Sephora adquirir imediatamente presença de mercado, tamanho e acesso aos clientes no Brasil. O Brasil tem alto potencial para bens de luxo e produtos de beleza, razão pela qual a Sack's é um grande trampolim para a expansão da Sephora na região", completou um porta-voz da Sephora Americas.

O grande trunfo do Sack's e, agora, da Sephora, é trazer produtos das marcas de luxo conhecidas no mundo todo, mas cuja compra só era possível aos brasileiros nas grandes metrópoles ou no exterior.

"As marcas que são fortes no mundo e ainda não estão no Brasil vão começar a olhar o país de modo diferente", se entusiasmou Montenegro, que quer trazer o portfólio completo da Sephora, com preços "mais acessíveis" aos consumidores brasileiros.

Para conseguir evitar as altas taxas de importação e competir com as líderes do mercado brasileiro - como a Natura e o Boticário - o executivo prevê a produção de alguns produtos no país. "Estamos olhando com carinho a produção no Brasil", concluiu Montenegro.

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